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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Fatos da Zona 7

      Há quinze dias, mais ou menos, postei aqui no blog um texto fruto da onda de furtos e roubos pela qual a Zona 7 estava passando. Escrevi, entre outras coisas, que a Polícia costuma ser presença constante nas noites de quinta- feira no Kanarinhus, não agindo contudo, com tanta eficiêcia na prevenção da criminalidade no bairro.
      Neste sábado passado (09/04) tive a oportunidade de presenciar um episódio que ilustra perfeitamente esta atuação desequilibrada de nossa força policial, que além de buscar mais a intimidação que a proteção, muitas vezes age de forma truculenta e desnecessária.
      Por volta das 21:00 fui até a lanchonete Hora do Lanche (Av.Doutor Mario Clapier Urbinati) para comer um sanduíche e conversar com alguns amigos. Assim que estacionei o carro e me dirigi a calçada, 5 viaturas atendendo a uma denúncia de som alto desceram a rua na contramão em alta velocidade e pararam na frente da república K-zona, onde acontecia uma festa( 2 viaturas já estavam estacionadas no local).


      Muitos policiais armados com escopetas e cacetetes desceram dos carros e concentraram-se todos na frente do portão da casa. Não tive a oportunidade de averiguar perfeitamente o que donos da casa e policiais falavam, mas pelo que um dos moradores da república me informou depois, estes queriam conversar com algum representante da república, e caso ele demorasse a aparecer iriam invadir. Depois de 15 minutos o sujeito apareceu para prestar esclarecimentos aos policiais, conversou durante algum tempo e foi levado involuntariamente em uma viatura para a delegacia.
    


       Como já disse acima, ainda não tive oportunidade de averiguar perfeitamente o que aconteceu, e inclusive pretendo ir até a república K-zona esta semana para conversar melhor com o pessoal que mora lá.     Contudo,mesmo não sabendo dos acontecimentos na íntegra, as perguntas que ficaram na minha mente e na de muitos jovens que estavam presentes nesta cena foram: Será que uma denúncia de som alto incomoda tanto a ponto de serem necessárias 7 viaturas? Será que som alto constitui uma ameaça a alguém? Afinal, os policias estavam nitidamente prontos para agir.Será que o morador da república precisava ser levado até a Delegacia para "assinar B.O"? E finalmente, a pergunta mais intrigante de todas: Onde estavam estas 7 viaturas quando a Loja de Conveniências ao lado da lanchonete Hora do Lanche foi assaltada e precisou esperar 40 minutos até um carro policial chegar no local?
      Nós realmente gostaríamos de saber.

13 comentários:

  1. Gostaria que nosso companheiro de curso, que foi sequestrado NA FRENTE DO BLOCO DE DIREITO na UEM no dia 28/03, lesse e respondesse tal questionamento. Além do mais, "pelo que um dos moradores da república me informou depois, estes queriam conversar com algum representante da casa, e caso ele demorasse a aparecer iriam invadir. Depois de 15 minutos o sujeito apareceu para prestar esclarecimentos aos policiais, conversou durante algum tempo e foi levado em uma viatura para a delegacia". Só relembrando: além da ameaça descabida por parte dos policiais, o mesmo morador nos disse que ele foi FORÇADO a ir, compelido, e não por vontade prórpia. Não basta o exagero nas viaturas e tudo mais, tem que rolar uma coação moral e abuso de autoridade. Mas uma vez, aplausos à policia de Maringá e às autoridades hipócritas que só pensam em proibir a venda de cerveja na zona 07.

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  2. Muito bom o texto. É a pura realidade do entorno da UEM.

    Parabéns!

    Há-braços,
    Phill

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  3. o jeito eh soltar a voz.
    somos em quase 25000 alunos, movimentamos uma receita realmente consideravel para a economia maringaense, sendo a maior parte dessa, oriunda de outros estados.
    e vale citar a falta de tolerancia, respeito e liberdade a qual somos submetidos perante qualquer morador da Zona 07 que nao seja estudante, por processos, reclamaçoes e açoes como essa da policia.
    demonstro aqui raquel meu descontentamento em relação a como somos tratados na cidade de maringa, e apoio a qualquer tipo de açao de nossa parte para acabar com essa palhaçada.
    otimo texto, por sinal raquel.
    abraçoss

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  4. Estudantes universitários sempre se acham vitimas, podem estar fazendo festas de arromba com som alto, varando a madrugada e incomodando quem tem que trabalhar no outro dia, se sentem A Vitima, acho que a partir do momento que respeitarem o próximo terão menos problemas com policia ou vizinhos. Querem respeito, tem que ser dar respeito.

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  5. A questão que coloca-se neste post não é a vitimização dos estudantes, mas sim a desigualdade da atuação policial, que está presente em massa em episódios perturbantes, reconheço, mas inofensivos e se omite no policimaneto preventivo, dando ensejo a sequestros, roubos e furtos. Quanto ao barulho, moro ao lado do SESC- Maringá e todos os dias por voltas das 21:00 professores ministram aulas de hidrogisnástico com músicas e microfone em alto volume.Costumava estudar neste horário. Nunca nenhum policial apareceu por aqui. Será que a questão não está mais ligada ao preconceito que ao próprio barulho em si?

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  6. Os Policias devem ter medo dos bandidos,sempre que tem um asalto eles demoram muito para aparecer na ocorrencia,que é para dar tempo do bandito fugir das proximidades do local do assalto,agora ir em republica e querer por respeito para isso eles se acham os bons né...!!!
    Falta de Vergonha na CARA dos POLICIAS de MARINGA,devem esta sendo subordinados por moradores com DINHEIRO na Mão....!!!
    Sendo que os alunos da UEM,sao os que dão renda a regiao da ZONA 07... UEM..!!!!
    Vai Atraz de Bandido seu POLICIAS CORRUPTOS..!!!

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  7. Posso publicar seu texto no meu Facebook?

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  8. E O Diario mostra mais uma vez como seu sensacionalismo barato trata dos estudantes da UEM como desordeiros, vagabundos e bebados. É só ler as matérias dessa semana! Essas fotos eles não publicam.

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  9. http://www.facebook.com/note.php?note_id=139956662740330

    UM OUTRO EXEMPLO

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  10. Uma ação planejada, com certeza, vai ter policias em números, que conforme eles, for necessário e, provavelmente, eles não vão chegar atrasados, uma vez que planejaram, como é caso, a polícia já sabe, especificamente, que quinta-feira naquela região vai ter algum problema. Mas fatos que acontecem no cotidiano, como por exemplo, assaltos, não podem ser previstos, nesse ponto acredito que a polícia deve intensificar o patrulhamento, estar mais presente, além de aumentar o efetivo e melhorar a infra-estrutura também se faz necessário.

    Entretanto, a questão daquela região é antiga. O problema, a meu ver, está no fato de os acadêmicos acreditarem (não todos, alguns) que podem festar até quando bem entenderem, e isso já está contumaz, afinal, acontece toda quinta-feira, final de semana, etc.

    No meu entender, há de se ter consciência de ambos os lados. Acho que não é necessário acionar um efetivo demasiadamente grande de policiais, exagerar ou abusar da autoridade, mas os acadêmicos devem ter consciência que não são os únicos no bairro.

    Abçs

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  11. Leandro,
    Concordo plenamente que a coexistência entre estudantes e moradores tem de ser equilibrada e pacífica,havendo respeito e moderação no som e no barulho. Contudo, há algum tempo a polícia vem agindo de forma desnecessária e desigual(como já disse no post),mostrando muita falta de tato em relação aos estudantes. O resultado, como podemos observar, é a resistência por parte destes, que passaram a enxergar os policiais como inimigos, e a ação truculenta por parte daqueles, que generalizam e agem como se TODOS fossem "baderneiros bêbados". Enquanto esta visão não mudar, o problema continuará.

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  12. Maringá tem verba pra suportar um destacamento específico de, digamos, duas viaturas pra atender esse tipo de chamados. Falta, eu acho, competência administrativa pra designar uma força-tarefa pra atender esse tipo de "negociação" entre moradores do sossego e moradores de festas em repúblicas. Acho que levando em consideração o dia da semana, o horário, tudo mais, todo mundo tem direito a dormir tranquilo, e toda festa tem o dever de abaixar o som às 3h da manhã.

    Ninguém, na polícia, parece lembrar que a intimidação tá no distintivo, na farda e no giroflex da viatura, e não em 20 policiais parados na frente de uma república.

    Já vi um amigo "responsável pela baderna" ser levado no banco de trás pra uma delegacia, por estar com o som alto, sem o direito de se explicar/abaixar o som. É ridículo, é revoltante, sim.

    Não vou entrar no mérito dos moradores incomodados, pq não é essa a questão.

    Mas acho que se uma viatura pára na frente da sua casa, pede pra que vc abaixe o som porque já não foi a primeira vez que reclamaram, VOCÊ TEM QUE ABAIXAR. E pronto. Tanto o morador quanto o policial viram as costas um pro outro e segue-se a noite.

    Falta bom senso tanto da polícia, com seu quiexo erguido e peito estufado, de distintivo no colete, cassetete na mão e arma no coldre, quanto da população, de cara cheia de cachaça, chapéu na cabeça, sem camisa e exalando aquela babaquice sertaneja de sempre.

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